quinta-feira, 21 de julho de 2011

Juro





Mas sente agora a minha crueldade sem defesa, porque to confesso e confesso em verdade e com verdade: se de alguma coisa tive medo foi do teu riso trémulo e poroso como um desmaio, do recorte dos ombros, da tua camisola verde - de um poema de Byron.
E, sobretudo, sim, da tua grande, da tua imensa tristeza.
E só por isso me doeu o deserto que te (e me) arrastava; tantas as mágoas, as afinidades, as cumplicidades.
Porque nós somos únicos e raros.
Juro.


Eduarda Chiote

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