segunda-feira, 11 de junho de 2012

A noite ilumina-se



Para onde quer que nos voltemos na tempestade de rosas,
  a noite ilumina-se de espinhos, e o trovão
  da folhagem, antes tão leve nos arbustos,
  segue-nos agora de perto.
  Onde quer que se apague o incêndio das rosas,
  a chuva inunda-nos o rio. Oh, noite tão distante!
  Mas uma folha que nos encontrou é levada pelas ondas
  e segue-nos até à foz.

  Ingeborg Bachmann